Redação
Defesa de Anderson Torres pede adiamento de depoimento à PF

A defesa do ex-ministro Anderson Torres pediu o adiamento do novo depoimento que ele prestaria à Polícia Federal nesta segunda-feira (24). O pedido leva em conta o laudo psiquiátrico que atesta agravamento dos problemas psicológicos que Torres vem enfrentando.
O documento diz que Torres tem crises de ansiedade, crises de choro e sensação de angústia, nervosismo, insegurança e pensamentos ruins.
– Ocorre que, após ter ciência do indeferimento do pedido de revogação de sua prisão preventiva, o estado emocional e cognitivo do requerente, que já era periclitante, sofreu uma drástica piora – escreveram os advogados no pedido de adiamento.
Torres está preso preventivamente há quase 100 dias. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na semana passada mais um pedido da defesa para colocá-lo em liberdade.
A prisão foi decretada na investigação sobre o papel de autoridades nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele é o único que permanece preso. O ex-ministro fica em uma Sala de Estado Maior no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.
Pessoas próximas ao ex-ministro afirmam que ele está deprimido e ficou mais abatido após saber que não seria colocado em liberdade. Uma das principais inquietações é ficar longe da família. Torres tem três filhas menores de idade que não vê desde que foi preso.
O ex-ministro trocou a defesa recentemente. O advogado anterior, Rodrigo Roca, já havia trabalhado para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
O escritório de Eumar Roberto Novacki, que já foi chefe da Casa Civil do Distrito Federal no governo de Ibaneis Rocha (MDB), assumiu o caso. Ele tem defendido que não há mais justificativa para a prisão preventiva. Um dos argumentos é que Anderson Torres não está mais no cargo, não oferece risco às investigações, tem endereço fixo e poderia ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Fonte: Pleno News