Redação
Conselho Federal de Medicina proíbe prescrição de anabolizantes para fins estéticos e esportivo

Foi publicada nesta terça-feira (11) no Diário Oficial da União (DOU) a a prescrição de terapias hormonais com anabolizantes e esteroides androgênicos para uso com fins estético, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo. A determinação é do Conselho Federal de Medicina.
De acordo com a determinação, todos os médicos estão proibidos dos seguintes procedimentos: utilização de qualquer formulação de testosterona em pacientes sem o diagnóstico de deficiência do hormônio, exceto em situações previstas por outras normas; utilização de formulações de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos com a finalidade estética; utilização de formulações de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para melhora do desempenho esportivo, para atletas amadores e profissionais; prescrição de hormônios divulgados como "bioidênticos", em formulação "nano" ou nomenclaturas de cunho comercial e sem a devida comprovação científica de superioridade clínica; prescrição de Moduladores Seletivos do Receptor Androgênico (SARMS), para qualquer indicação, por serem produtos com a comercialização e divulgação suspensa no Brasil e realização de cursos, eventos e publicidade visando estimular e fazer apologia a possíveis benefícios de terapias androgênicas com finalidades estéticas, de ganho de massa muscular ou de melhora do desempenho esportivo.
A determinação vem após seis sociedades médicas divulgarem uma carta conjunta solicitando que a autarquia votasse uma regulamentação sobre o uso das substâncias e similares para fins estéticos e de desempenho.
No pedido, as organizações do setor argumentaram preocupação com o aumento do número de casos de complicações provocadas pelo uso indevidos desse tipo de hormônio, além da divulgação nas redes sociais de conteúdos que promovem a utilização dessas substâncias.
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício, a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a Sociedade Brasileira de Urologia, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e a Federação Brasileira de Gastroenterologia assinaram a carta.
Fonte: Acritica