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  • Foto do escritorRedação

BR-319 sai das mãos do Dnit do Amazonas e vai para Rondônia




O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Antônio Leite Filho, estará em Manaus na próxima segunda-feira (27).


E nessa visita, ele deverá explicar ao Governo do Estado, à bancada parlamentar e à sociedade civil os motivos por que determinou a transferência da gestão de quase 500 quilômetros da BR-319 do Dnit do Amazonas para a superintendência de Rondônia.


A determinação do diretor-geral está na portaria 3.521, de 23 de junho de 2022.


Nela a diretoria colegiada do Dnit estabelece que o segmento rodoviário, localizado do km 250,7 ao km 740 da rodovia BR 319 será gerido pela superintendência regional do Dnit no estado de Rondônia, “mesmo que o referido trecho esteja geograficamente localizado no estado do Amazonas”.


O documento diz ainda que o Dnit de Rondônia assumirá todas as competências atribuídas às superintendências regionais, incluindo a do Amazonas, relativas ao segmento rodoviário previsto na portaria.


Assim como os contratos vigentes no trecho da BR-319, que são da gestão da superintendência do Dnit do Amazonas, deverão ser gradativamente transferidos ao departamento rondoniense.


Outra decisão é que a unidade de Porto Velho será responsável pela fiscalização do trecho.


Em 20 dias, essa é a segunda investida do governo federal contra o Dnit do Amazonas. No último dia 8 de junho, o superintendente do departamento local, Afonso Lins, foi exonerado do cargo.


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Reações indignadas

Ao tomar conhecimento da portaria do Dnit, o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) disse em nota:

“Não vou me calar diante da falta de compromisso do governo federal com a BR-319. Além de prometer concluir a BR, sem ter colocado sequer um milímetro de asfalto na rodovia, o governo transferiu a competência da estrada para o Dnit de Rondônia. Isso, em relação ao trecho que fica dentro do nosso estado. Vamos reagir a mais esse golpe contra o povo do Amazonas”.


No mesmo tom de cobrança, o senador Plínio Valério (PSDB) disse:


“Vou procurar o comando do Dnit para nos explicar essa coisa que nos faz voltar ao tempo do Grão-Pará. O Amazonas é o maior dos três Estados e essa medida não se justifica”.


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Abandono e sucateamento

Da mesma forma, o deputado José Ricardo (PT-AM) disse que a medida não se justifica principalmente porque ela não vem com uma explicação mínima e razoável.


O parlamentar observa que, se a mudança de gestão é porque Rondônia tem mais recursos para fiscalização que o Dnit do Amazonas, essa condição deveria ser igual porque o órgão é federal, portanto, deveria dar condições a todos os estados.


Ricardo lembra ainda que no Amazonas não há apenas a BR-319 (Manaus-Porto Velho), mas também a BR-174, que liga Manaus a Boa Vista e que também precisa de cuidados e manutenção.


“Na verdade, o governo Bolsonaro abandonou, deixou às traças a Amazônia com sua política predatória e de sucateamento do órgãos de gestão e fiscalização”, disse o petista.


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Desvio de tráfego

Nem o Dnit nacional nem a superintendência do Amazonas se manifestaram sobre a mudança de gestão na BR-319.


No entanto, no portal do Dnit, na internet, há um alerta aos usuários da BR-319/AM que, na altura do km 296, há um desvio do tráfego para a realização de reparos na ponte Água Cristalina.


O desvio, segundo o órgão, é temporário e foi implantado na lateral, próximo à ponte. O Dnit orienta os usuários que redobrem a atenção às sinalizações.


Foto: Divulgação/Dnit


*Com informações: BNC Amazonas

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