Redação
Amazonino tentará eleição para colocar o filho para governar?

Opinião | Moisés Dutra
A notícia de que o ex-governador Amazonino Mendes (Cidadania), deve lançar o filho Armando Mendes como seu vice na chapa da federação, pode sinalizar algo perigoso para o futuro do Estado. A pergunta que não quer calar, Amazonino tentará eleição para colocar o filho para governar?
Os rumores de que Amazonino anda com a saúde debilitada, surgiram depois que o ex-governador passou a ter a saúde debilitada por comorbidades que carrega há anos e também pelo peso da idade, já que o velho cacique político já passa dos 80.
Amazonino passou a contar com assistência de um médico que o acompanha em todos os seus compromissos e é cercado de cuidados médicos 24 horas. Tem demonstrado sinais de debilidade em diversos eventos, como o da posse do presidente do TJ-AM, em que ele precisou de ajuda para se levantar e quase cai da cadeia e quando recebeu o título de cidadão itacoatiarense, ao chegar no município, Amazonino desceu do avião visivelmente cansado e ao dar uma entrevista a um portal de notícias local, não conseguiu concluir, demonstrando cansaço extremo.
O Amazonas, é um estado de proporções continentais com municípios distantes da capital Manaus, e que levam mais de 10 dias para se chegar de barco. A rede aeroviária é precária e na maioria dos municípios não há aeroporto. Amazonino tem sérias dificuldades de mobilidade para se locomover, o que inviabilizar de chegar a esses locais. Seu cansaço extremo dado ao peso da idade não lhe permite, mesmo com vasta experiência, governar do Amazonas do ponto de vista físico.
Ele tem dado declarações de que o importante é a cabeça estar boa, mas quem garante que ele irá de fato governar. Quando foi governador tampão em 2017, quase não ia ao palácio, despachava na maioria dos dias de casa e demonstrava irritação e impaciência com prefeitos e principalmente com a imprensa.
Caso seja eleito, quem governará de fato, seria o filho, caso se concretize essa chapa. Inexperiente, Armando Mendes, nunca passou por cargo eletivo. A suposta manobra, seria conduzi-lo ao governo através do prestígio político do pai, que é um dos francos favoritos a eleição. Porém, entre apoiadores, a notícia foi recebida com preocupação, pois não se sabe qual interpretação a população fará. A ideia de se perpetuar dinastias políticas no Brasil não é aceita pela população brasileira, que se livrou da monarquiahá tempos. Um bom exemplo disso é o município de Coari, que sofre até hoje com as amarras impostas pelo clã Pinheiro, que se perpetua no poder e deixa o povo coariense sem perspectivas futuras dadas as manobras para se perpetuar no poder.
Vamos aguardar as movimentações para ver o reflexo disso.