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  • Foto do escritorRedação

Amazonas poderá vir a ser palco da outra tragédia


O alerta está dado: garimpeiros saídos das terras yanomami em Roraima podem fazer do Amazonas o lugar de atividades ampliadas. Não é novidade. As imagens dos comboios que ocuparam longa extensão do rio Madeira próximo ao município de Autazes, em julho de 2022 e meses depois, em novembro alcançando outros municípios.


Nessas ocupações de rios, em especial do rio Madeira, ficou evidente a ação do poder econômico na atividade garimpeira ilegal. Esse é um dos pontos fundamentais que as investigações a partir da revelação da tragédia do povo yanomami tem realizado. Identificar quem financia e a origem do dinheiro que banca aviões, barcos, equipamentos modernos de comunicação, manutenção de um grande número de homens e mulheres nas áreas tornou-se uma das prioridades. E quanto ao comércio do ouro extraído ilegalmente.  


O Amazonas é a outra área cobiçada e, dito de outra forma, áreas de povos indígenas neste Estado estão sob ameaças reais. O monitoramento feito e manifestações recorrentes do Ministério Público Federal (MPF) fornecem subsídios para que sejam adotadas ações de retirada dos que já estão nesses lugares e de prevenção à invasão dessas pessoas em territórios indígenas do Amazonas.


Há facilidades de recepção aos garimpeiros neste Estado considerando que parte das autoridades públicas locais do executivo, do legislativo e do judiciário são favoráveis à atividade garimpeira. O que não é demonstrado é uma iniciativa correta para estabelecer os limites da atividade respeitando a legislação. A maior parte do garimpo se realiza de forma ilegal e violenta.


A rede mobilizada pela atividade garimpeira ilegal é criminosa em vários aspectos inclusive quanto aos próprios direitos humanos dos garimpeiros submetidos a um dos mais grotescos espetáculos da violência. O garimpo ilegal é danoso à natureza, às pessoas que habitam os lugares em torno da atividade, aos recursos da fauna e da flora, à cultura comunitária, atrai gangues que em nome do ouro fazem qualquer coisa e desestabilizam as famílias, as cidades, deixam um rastro de miséria e de sangue.


O que se viu nas terras yanomami poderá vir a ser o dia seguinte do Amazonas, como já se revela na região do Vale do Javari. Impedir a repetição da tragédia é urgente e um dever.





Fonte: Acritica


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