top of page

Publicidade

  • Foto do escritorRedação

Amazonas é o terceiro no ranking de empresas encerradas


Dados do Ministério da Indústria mostram que, em 2022, 42.691 empresas foram abertas no Estado e 15.165 fecharam as portas


O Amazonas terminou 2022 com o terceiro maior percentual  de empresas que fecharam as portas. Os dados foram divulgados essa semana pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC). Foram 15.165 firmas encerradas ao longo do ano, uma variação de 33% acima das 11.367 registradas em 2021.


No balanço anual, o Amazonas ficou atrás somente de Tocantins que obteve  34,5% de empresas fechadas (12.532) e o Acre com 33,5% (3.362).     


Segundo o Mapa das Empresas do MDIC, no terceiro trimestre, o Amazonas encabeçou o ranking nacional de pessoas jurídicas encerradas. Foram fechadas  4.757 empresas, aumento de 21,1% em relação ao terceiro quadrimestre de 2021, mas com uma queda  de 16,4% em relação ao segundo quadrimestre de 2022, quando o Amazonas  5.607 encerramentos.


Recuo


Gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae-AM, Socorro Correa avalia que entre os anos de 2021 e 2022, se comparado o desempenho dos dois últimos anos, houve um recuo de 6 mil novos empreendimentos. O número é resultado da diferença obtida entre os dados anuais. Em 2021, foram registradas  44 mil novas empresas, enquanto  em 2022 foram 42 mil. Ao todo o Amazonas possui, segundo o MDIC, 202.042 empresas ativas. 


Socorro Correa atribui a situação principalmente ao endividamento acumulado ao longo dos três últimos anos, que ainda reverberam da pandemia de Covid-19. Para ela, a  situação ficou ainda mais difícil para os empresários que para segurar a empresa aberta recorreram aos financiamentos. 


No ano passado, o Banco Central aumentou a  taxa  básica de juros (Selic) que chegou a 13,75%. O movimento para tentar conter a inflação elevou o custo dos empréstimos, atingindo principalmente, segundo a gerente, os pequenos negócios, que representam quase 93% do universo de empresas fechadas. Somente as microempresas, por exemplo, são 10.537 falecidas.  


“Esse endividamento começou a se intensificar em 2020 com a crise da covid onde as empresas ficaram sem faturamento por determinado período ou tiveram queda no faturamento e manteve-se o custo então elas ficaram endividadas”, disse Socorro Correa.


Desemprego


O economista Jefferson Praia aponta outro aspecto que colaborou para esse indíce: o desemprego. Conforme os dados mais atualizados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicíos (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação do Amazonas está em 9,4%.


  Para o economista, a falta de oportunidade no mercado arrasta parte dos desempregados para novas alternativas para conseguirem sobreviver e o empreendedorismo tem sido a alternativa, não por opção, mas por necessidade. O principal destino dessas pessoas, segundo ele, é o comércio com a criação de pequenos negócios. 


Despreparo


O problema, no entanto, é que em grande parte das vezes esses cidadãos estão em condições financeiras desfavoráveis e não possuem preparo para lidar com o dia a dia da vida de empreendedor.       


“Muitas vezes não têm noção nenhum de gestão, não têm noção nenhuma de mercado, vão por impulso, acham que um determinado negócio vai dar certo, não analisam o mercado ou seja, se vai abrir um empreendimento, não observam os concorrentes, não avaliam quem serão os possíveis consumidores, não observam todos esses aspectos, a melhor coisa para fazer seria um pequeno estudo sobre o negócio a ser criado onde você vai ter ideia desse negócio no papel para ver quais os problemas serão enfrentados”, disse.


Para reduzir possíveis impactos e prevenir o fechamento da empresa, o economista recomenda a busca por formação para empreendedores para captação de conhecimento sobre administração de negócios.





Fonte: Acritica


Publicidade

BANNER-CÂMARA-CIDADÃ---1500x200px-OK.gif
bottom of page